Com as tecnologias móveis a nossa disposição fica fácil ter acesso às informações de qualquer lugar e a qualquer momento. Isso faz com que o jornalismo perca um pouco mais da sua força, que já vem sido sacudida com as novas tecnologias de informação.
Na mídia locativa, é como se em cada lugar tivesse uma camada de informações, anotações, críticas, elogios, comentários e sugestões de outras pessoas que já passaram por ali. E são essas tecnologias móveis que permitem tudo isso. Hoje, com praticamente todos os celulares é possível se conectar e receber informações instantâneas, desde o mapa do trânsito, onde há engarrafamento ou não, até mapas de lazer, cultura ou gastronomia. Essas ferramentas estão ganhando espaço e estão se tornando verdadeiros guias da sociedade.
Isso para o jornalismo é de extrema relevância, já que são conhecimentos coletivos que estão sendo construídos com a colaboração da sociedade. São pessoas comuns que estão usando essas ferramentas para expressar suas idéias e lançar seus próprios alertas. Agora temos outro nível de informação, e o jornalista, que junto com a mídia tem sido responsável por fazer um desenho do espaço social pode se valer disso para solidificar as informações que já estão disponíveis.
Enquanto muitos acham isso um prejuízo para o jornalismo, eu creio que essa nova maneira da sociedade participar da construção do nosso espaço social irá ser um grande aliado para nós jornalistas.
As informações já estão disponíveis, e o melhor é que ninguém precisa pressionar ninguém para consegui-las, as próprias pessoas fazem questão de manifestar suas impressões sobre as coisas. Isso é bárbaro, não precisamos usar inúmeras artimanhas para conseguir poucas respostas, elas já estão ali, basta saber aprofundá-las e usá-las da melhor maneira para fazer jornalismo. Cabe a nós perceber as necessidades da sociedade, analisar a importância desses novos usos no cotidiano das pessoas e reconstruí-los com fins jornalísticos e devolver o que foi compartilhado com consistência, embasamento, credibilidade e novas propostas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário