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quarta-feira, 23 de março de 2011

Caiu na rede, já era







Qualquer coisa pode ser evitada e corrigida, desde que não caia na internet, A vida privada das pessoas está cada vez exposta e cada dia é mais difícil de falar sobre privacidade. A informação lançada na internet não tem um fim e se renova várias vezes. Quem usa a internet bem sabe disso.
O tempo que a informação fica disponível nem sempre é o tempo que pretendíamos que ela ficasse. E melhor, existem  coisas que nem lembramos, mas que estão lá.
A internet tem esse potencial, as informações que disponibilizamos são permanentes e o sistema de busca complementa, na medida em que é muito fácil achar tais informações. É claro que existe um lado ótimo em tudo isso, que é justamente ter acesso ao que buscamos. 
Sendo assim, aquela pessoa que é usuária da internet não pode reclamar se esta ou aquela coisa está exposta para todos. O que podemos fazer é evitar deixar rastros indesejados e preservar o nosso nome e tudo aquilo que colocamos na web, ou simplesmente não usá-la, o que hoje em dia é praticamente impossível.
Não tem mistério, se tem que evitar, evite antes. Caiu na rede, já era.

Hipertexto e a construção de espaços virtuais




A internet tem cada vez mais recursos, discursos e maneiras diferentes de comunicar, basta querer. O hipertexto tem sido uma ferramenta fundamental para tudo isso. Através do hipertexto temos informações muito mais simples, e ao mesmo tempo muito mais completas.  Simples pois não precisamos escrever ou comunicar coisas extensas para que haja a compreensão dos outros, podemos usar palavras chaves e através de links detalhar mais determinada informação. Os textos podem ser pequenos e objetivos, não deixando de ser informativos. E completa no sentido de que podemos dar infinitas direções para uma só informação e assim ampliar o conhecimento e complementar a leitura.

Já não precisamos mais ter que olhar certas coisas por um único e pré determinado ângulo, simplesmente por não ter autoridade e nem instrumentos para observar de outra maneira.  Hoje a internet nos dá dimensões que só nos seriam oferecidas se estivéssemos presentes fisicamente no local, possibilita navegar por um ambiente da maneira que se quer, do ângulo que a própria pessoa considera interessante. Exemplos dessa construção virtual da qual participamos são os sites:
http://www.ma.gov.br/palaciodosleoes/
http://www.pere-lachaise.com/perelachaise.htm
http://www.googleartproject.com/
Isso tudo vem como uma revolução para o jornalismo tradicional que de agora em diante precisará se adaptar com essa nova forma de informar. Agora a informação não possui um início, um meio e um fim. Pelo contrário, a informação atual é contínua e infinita.
Com um universo tão ilimitado, nós, jornalistas só temos uma coisa a fazer: Usar essas ferramentas ao nosso favor e ao favor da mensagem que desejamos transmitir. Podemos tornar as coisas bem mais inusitadas e diferentes, abusar de imagens,de vídeos, de música, de tudo que a multimidialidade tiver para nos proporcionar.
Precisamos nos atualizar e nos complementar, assim como as informações também precisam.

domingo, 20 de março de 2011

Co-Link?!



Foi observando a maneira de como a mente humana funciona, que Vannevar Bush idealizou o MEMEX . Como o nome já sugere, MEMEX seria uma extensão da memória, ou Memory Extension que funcionaria como o cérebro humano, através de associações. Esse invento daria conta do armazenamento de milhares de informações, todas rápidas e de fácil acesso. As coisas não seriam mais divididas ou organizadas linearmente
Aproveitando o gancho, Ted Nelson, criador do termo Hipertexto imaginou um modelo de web interconectada com links bidirecionais. Esse pensamento surgiu na década de 60 e ainda hoje os links que temos são unidirecionais, ou seja, links que vão apenas para uma direção. Isso não dá muito poder ao internauta, que só pode seguir os percursos que lhe são oferecidos como alternativas e não pode compartilhar as associações por ele feitas com os próximos leitores do mesmo hipertexto. Atualmente o maior exemplo de hipertexto é a Web.




O projeto Co-link pretende superar isso com uma tecnologia novo que pode enriquecer a escrita coletiva dos hipertexto. A intenção é permitir que qualquer pessoa possa criar novos links associativos em um texto pré-existente e também acrescentar novos destinos a um link já criado. Além de um registro individual o hipertexto passa a ter um registro cooperado de milhares de olhares particulares, uma escrita coletiva de links multidirecionais.


  




Quando se clica em um link, um pequeno menu aparece com uma lista de destinos que podem ser selecionados a partir daquela mesma palavra. Entenda como funcionam os Co-link através desta animação.
Se até agora os links eram unidirecionais, através da tecnologia dos Co-links eles podem se tornar multidirecionais. Assim, o interagente pode selecionar vários destinos a partir do mesmo link.
Compartilhar experiências, editar documentos coletivamente e com uma linguagem de marcação bem simples. Bem pensado!

sábado, 5 de março de 2011

Se comunicar está cada vez mais fácil


Atualmente a internet é o meio de comunicação mais abrangente e democrático. Temos acesso a todo o tipo de informação, de cultura, de pontos de vistas e de vidas diferentes. Essa característica permite o contato de pessoas de qualquer lugar. Podemos interagir a qualquer momento com qualquer pessoa do mundo sem ao menos precisar sair de casa. 
A velocidade com que a informação chega de um lugar ao outro também é fantástica. As coisas acontecem e em frações de segundos já estão a disposição na internet. Não precisamos esperar angustiados para saber alguma informação, muito menos temos que esperar o horário comercial passar para que possamos fazer uma ligação para um lugar distante, hoje basta ter uma conta de e-mail. 
Outra característica que faz da internet um novo e diferente meio de comunicação é a hipertextualidade, que facilita a leitura através de uma cadeia de links. Não é preciso ir atrás de alguma explicação específica, provavelmente o texto terá uma palavra que lhe direcionará diretamente para o lugar desejado. Isso facilita e deixa o texto mais leve, sem tantas designações ou com links gigantescos, como costumamos ver. A informação então, pode ser encontrada ali mesmo, no texto original.
Além dessas variantes, a internet possui um advento que a diferencia de qualquer outro meio de comunicação. Pode ser chamada de Multimidialidade a capacidade que a internet tem de juntar todos os veículos de comunicação em um só. Ao fazer um  texto, se pode complementá-lo por meio de fotografias, vídeos, áudios, mensagens, etc...
A internet é por si só, o mais completo veículo de comunicação massiva, e é isso que primordialmente a destingue de qualquer outro meio de comunicação.

Novas tecnologias fortalecem o Oriente Médio



O Oriente Médio tem sido sacudido com as novas tecnologias. O que antes era imaginado, mas não comprovado, hoje está sendo transmitido em tempo real.  Tudo começou na Tunísia e logo veio o Egito, Argélia e Iemen, agora a revolução explode de maneira cruel na Líbia. Os países onde ocorreram tais revoluções sofriam com ditaduras que permaneceram por dezenas de anos e calaram centenas de bocas.
Enquanto os governantes eram corruptos e acumulavam fortunas imensas, seguras no estrangeiro, é claro que era o povo quem estava pagando por isso. A falta de educação, de saúde,  o desemprego e a pobreza mantiveram por muito tempo grande parte da população em níveis precários, chegando à miséria extrema. O privilégio de alguns e o favoritismo de outros fecharam a porta para a maioria da população em todos os meios de ascensão econômica e social.
Porém, sem a midiatização jamais teríamos ficado sabendo desses fatos que já aconteceram inúmeras vezes ao longo da história. Os sistemas rígidos de censura estão sendo expostos e desmantelados pelo povo. O povo, por sua vez, tem se munido e se unido através da tecnologia. Hoje é muito difícil alguma coisa passar despercebida e é praticamente impossível um governo submeter a sociedade inteira a massacres e estes passarem ilesos, como antigamente. Com as redes sociais, pessoas que possuem o mesmo ideal, mesmo perfil, e mesma militância se encontraram, trocaram idéias, experiências e essa revolução começou internamente nessas pessoas. 
A capacidade das redes sociais de organizar um protesto praticamente do dia para a noite e de envolver pessoas com crenças similares mudou completamente a natureza da resistência política e das revoluções. Os governos tiveram uma prova disso ao se depararem com pessoas dispostas e prontas para tomar as ruas e protestar. As redes sociais tiveram um papel essencial nisso tudo, proporcionando nada mais nada menos do que liberdade de expressão para tantas pessoas que já nem sabiam que isso existia. 



 A primeira revolução árabe do século 21 aconteceu na Tunísia no dia 14 de janeiro e, embora muitos a descrevam como "Revolução do Twitter" ou "Revolução do Facebook", foi a ação real do ser humano que tomou as ruas e desafiou com muita coragem e originalidade um regime ditador com 23 anos no poder. O vídeo abaixo mostra uma pequena parte do registro deste dia que resultou na fuga do ditador Zine El Abidine Ben Ali.


  


  A força de um povo unido é extraordinariamente grande e admirável, podendo derrubar qualquer governo, independente de quanto tempo ele esteja na liderança. A internet, junto com seus adventos( Twitter, Facebook, etc..) foi uma peça chave para abrir a visão dessa gente e denunciar a necessidade de liberdade  que muitos não acreditaram ser possível, pelo menos não do jeito que as coisas estavam. Mais uma vez, o poder da comunicação e o desejo de liberdade falaram mais forte, e hoje temos pessoas que se não estão literalmente livres, pelo menos lembraram de que podem e devem falar.  O compartilhamento de informações permitiu às pessoas verem que não estão sozinhas, e é quando não estamos sozinhos que ganhamos um fôlego a mais para gritar por tudo aquilo que temos direito.
E você, o que pensa de tudo isso?